Publicação “Recuperação do Pantanal: Um Guia Prático para a Restauração Ecológica” teve seu pré-lançamento hoje, 26 de junho, no evento Pantanal Tech

Nesta quinta-feira, 26 de junho, dentro da programação de abertura do Pantanal Tech, na UEMS de Aquidauana-MS, foi realizado pré-lançamento do manual "Recuperação do Pantanal: Um Guia Prático para a Restauração Ecológica", durante a mesa redonda"Iniciativas de Restauração: do Pantanal ao global", organizada pela Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal e Wetlands International Brasil.
O guia fornece orientações práticas a projetos de restauração do Pantanal, desde a etapa de planejamento à implementação das técnicas de restauração, contemplando ainda métodos de monitoramento da restauração ecológica e a definição de indicadores de sucesso. O material, que tem por base conhecimentos técnico-científicos, porém apresentado com linguagem acessível, resulta da análise de vários projetos de restauração do Pantanal e de publicações internacionais sobre recuperação de áreas úmidas.
"Para o Pacto Pela Restauração do Pantanal essa publicação significa um marco para darmos escala à restauração do Bioma. Nossa busca é pela Restauração do Pantanal por inteiro", afirma Clovis Vailant, Secretário Executivo do Pacto pela Restauração no Pantanal
O material é o resultado conclusivo do trabalho de "Desenvolvimento de Referencial Teórico de Princípios e Padrões de Práticas de Recuperação da Vegetação e Recomendações para o Monitoramento da Recuperação Aplicados ao Bioma Pantanal", executado pela Mupan e Wetlands International Brasil, em parceria da DoB Ecology, INAU e UFMT, com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo MMA, com as agências BID, como implementadora, e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), como executor, destinando-se como subsídio para o Pacto pela Restauração do Pantanal.
Áurea Garcia, diretora geral da Mupan e coordenadora de políticas da Wetlands International Brasil explica que diante da complexidade do Pantanal e dos impactos das secas severas iniciadas em 2018 e dos incêndios que culminaram nos grandes eventos de 2020, tornou-se evidente a necessidade de recuperar e restaurar ecossistemas afetados. "Com apoio do GEF Terrestre, diferentes instituições passaram a aplicar variadas técnicas de restauração em distintas regiões do bioma. Esse guia sistematiza essas experiências, estruturando o conhecimento técnico-científico acumulado e oferecendo orientações práticas. É um documento orientador que reúne ciência e prática para apoiar a restauração ecológica do Pantanal em suas múltiplas realidades", destaca.
Participaram do evento, "Iniciativas de Restauração: do Pantanal ao global", Áurea Garcia, diretora geral da Mupan e coordenadora de políticas da Wetlands International Brasil, Rafaela Nicola, diretora executiva da Wetlands International Brasil e diretora técnico-científica da Mupan, Rosan Fernandes, gestor de projetos da Mupan e Wetlands International, Dra Cátia Nunes, professora da UFMT e pesquisadora do INAU, Clóvis Vailant, secretário executivo do Pacto pela Restauração do Pantanal, Yanna Fernanda Coelho Leite, secretária executiva do IHP – Instituto Homem Pantaneiro e Guilherme Dalponti, consultor ambiental da Fundação Neotrópica do Brasil.
"A criação do manual de Recuperação do Pantanal é um legado que o projeto GEF Terrestre deixa para que a ações de restauração no bioma sejam conhecidas e replicadas pela população que vive e depende da conservação do Pantanal", Marina Garcia, gerente de projetos no FUNBIO.
Pré-lançamento do "Um Guia Prático para a Restauração Ecológica durante evento Pantanal Tech

Sobre o evento Pantanal Tech
Pantanal Tech é um evento multidisciplinar que reúne setores como sustentabilidade, inovação, empreendedorismo, cultura, turismo e tecnologia, com o objetivo de promover a integração entre os diversos atores envolvidos no desenvolvimento do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Realizada na UEMS de Aquidauana, esta segunda edição busca fortalecer o ecossistema regional, estimulando o diálogo, a troca de experiências e a criação de novas oportunidades de negócio.
Sobre a Mupan
A Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal é uma organização não governamental voltada para a incorporação de gênero na gestão das águas, criada em 20 de agosto de 2000, dedica-se à geração de conhecimento, construção e estabelecimento de estratégias para o empoderamento de lideranças, especialmente mulheres, para a defesa dos recursos naturais de seus territórios, melhoria da qualidade ambiental e manutenção de seus modos de vida.
Sobre a Wetlands International Brasil
A Wetlands International é a única organização global sem fins lucrativos dedicada à conservação e restauração de áreas úmidas. Seu compromisso é proteger e restaurar essas áreas devido ao seu valor ambiental e aos serviços essenciais que proporcionam às pessoas. Trabalha por meio de uma rede de escritórios, parceiros e especialistas para alcançar seus objetivos. A maior parte do seu trabalho é financiada por projetos de governos e doadores privados, contando também com o apoio de membros governamentais e ONGs. Desde 2017 trabalha em cooperação com a Wetlands International Brasil.
A organização é associada à Convenção de Áreas Úmidas de Importância Internacional (Convenção Ramsar). Seu escritório no Brasil fica localizado em Campo Grande/MS, junto com a Mupan, e é ligado ao escritório para a Latino América e Caribe (LAC), sediado na Argentina.
Sobre o FUNBIO
O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos, que trabalha em parceria com os setores governamental, empresarial e a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade. Desde o início das atividades, em 1996 o FUNBIO já apoiou mais de 700 projetos que beneficiaram número superior a 400 instituições em todo o país. Entre as principais atividades realizadas estão a gestão financeira de projetos, o desenho de mecanismos financeiros e estudos de novas fontes de recursos para a conservação, além de compras e contratações de bens e serviços.