Membros do PCA conhecem casos de práticas econômicas sustentáveis no Pantanal de Mato Grosso
Entre os dias 03 a 09 de maio, membros da equipe do Programa Corredor Azul (PCA), da Wetlands International, estiveram em trabalho de campo no Pantanal Mato-grossense com o objetivo de fazer um levantamento de práticas econômicas sustentáveis. As iniciativas escolhidas como estudo de caso para o levantamento foram, o Panthera Brasil e o SESC Pantanal.
Panthera Brasil
Historicamente conhecida pela grande concentração de onças, a região de Porto Jofre, no município de Poconé, teve primeiros registros de turismo de pesquisa há 10 anos com foco em grandes felinos. Em ambiente protegido e de difícil acesso, as onças são facilmente avistadas na beira dos rios. Viraram atração para turistas comuns e de pesca que se hospedam em antigas fazendas, adaptadas em pousadas para agradar o novo público. "Os vizinhos, que antes viviam somente do turismo de pesca, viram que seus empreendimentos prosperaram com a onça. Hoje, eles recebem até mesmo visitantes internacionais só para vê-las", explica a consultora, Cyntia Cavalcante Santos.
A fazenda Velho Jofre, sede do Panthera Brasil, além de pesquisa e conservação, a organização atua como empreendimento de ecoturismo na região e mantém a única escola na região para a população local. As múltiplas atividades
Sesc Pantanal
O Sesc Pantanal é outro estudo de caso que foi visitado pela equipe do Programa Corredor Azul. De propriedade do Serviço Social do Comércio (Sesc), a área localizada em Barão de Melgaço, Mato Grosso foi convertida em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em 1997. Em 2000 foi declarada pela UNESCO como Zona-Núcleo da Reserva da Biosfera do Pantanal e, em 2003, reconhecida como Sítio Ramsar pela Convenção Ramsar de Áreas Úmidas. Sua vasta área (108 mil ha) tem incrível beleza e diversidade natural que reforça a vocação para o ecoturismo e a pesquisa científica tornando o Sesc Pantanal referência internacional.
Toda a população da região é envolvida pelo empreendimento. A administração prioriza pela contratação de mão-de-obra locais (fornecedores, funcionários e prestadores de serviço) além de proporcionar escola, oficinas e ações em saúde e bem-estar para a comunidade do entorno. A política de boas práticas do empreendimento proporciona aos visitantes (turistas ou pesquisadores) uma imersão à forma de viver sustentável, seja pela valorização dos saberes e bem viver local quanto ao incentivo pela boa utilização dos recursos naturais.
As informações coletadas farão parte do diagnóstico
Atividades Econômicas Sustentáveis no Pantanal e que pretende mostrar as ações
que estão dando certo e as possibilidades de replicá-las. "A visita a
esses dois empreendimentos possibilitou conhecer, coletar dados dos projetos e
do entorno, para saber que benefícios cada projeto trouxe à população",
explica Cyntia. O estudo deverá ser concluído no segundo semestre deste ano.